quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Escrever se tornou minha mutilação saudavel.

sem clichê nenhum se tornou meu melhor amigo, o unico capaz de entender meu sofrimento sem questionar, julgar ou me perguntar algo. nao a nada mais chato no pior dia de sua vida você prestar contas de algo que quer esquecer, eu desabafo sem medo e a ausencia do medo me faz forte novamente. Estará tudo ali registrado quando eu precisar lembrar. Todos me recriminam por passar horas em frente ao computador doada ao meu blog, mais basta pensar para notar que faço isso por motivos validos, computador desligado-sala com a familia-televisão ligada-todos conversando-Brigas, brigas e brigas, fofocas, falsidade, Hipocrisia e Futilidade. NAO, obrigado! tudo é muito mais facil virtualmente, brigas sao resolvidas com depoimentos de amor, fofocas sao tiradas a limpo tao facilmente, Falsidade acontece mais com muita facilidade é percebida , amores ? Concordo que um olhar , tocar na pessoa que ama é essencial mais amores virtuais acontece por conta do destino, amor pela pessoa e nao por sua altura ,peso e cor dos olhos! Tudo que escrevi pode nao fazer sentido e ser algo infantil, apenas mais uma adolescente idiota escrevendo merdas em seu blog , talvez seja verdade, talvez até eu mesma nao pense exatamente assim. Mais sei que escrevi o que no momento saiu do meu coração , amanhã posso pensar completamente diferente e voce pensar igual. ENFIM! está escrito.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Fugalaça.


"- O que a gente tá fazendo?
- Sexo?
- Não. Eu digo, o que nós somos?
- É simples. Você me ama e eu te odeio. – Eu virei para o lado e disse que ele estava certo, com tristeza nos olhos. Ele riu como se fosse uma brincadeira e não falou mais nada. Eu não entendia por que ele não conseguia se expressar com palavras quando as letras de suas músicas eram tão bem escritas e cheias de emoção. Ele me abraçou por trás e nós adormecemos. Uma lágrima escorreu na fronha branca. Abrace-me mais forte, eu pensei, amanhã vai ser outro dia, e nada vai ser igual. Ele era como uma pequena maçã podre que ainda conseguia ser suculenta por dentro."



“Eu só sei que
tinha vontade de lutar,
vontade de cair,
vontade de viver.
Talvez eu tentasse demais,
talvez as coisas estivessem
mas perto do que longe,
como eu achava.
Mas que graça teria a vida se
eu tivesse tudo assim de mão beijada?
Eu senti vontade de correr,
vontade de voar.
Devo ter sido vilã
no caderninho de dor-de-cotovelo,
mas não fiz por mal.”



'A vida é um enorme e complexo quebra cabeça que precisamos montar e desmontar varias vezes para acertar as peças que permanecem com as mesmas figuras. Às vezes algumas peças sao ofuscadas por outras mais importantes e esquecemos delas- as pequenininhas. Esquecemos de lembrar que essas as vezes sao tao importantes quanto as outras, as que conectam uma figura a outra. O quebra cabeça cresce conforme os dias vao passando e precisamos continuar atentos, desvirando as pecinhas e tentando encaixa-las.Nenhuma peça é mais importante do que a outra, todas fazem um papel na grande figura. Um dia, eu acredito, todas vao se encaixar, e assim ficaremos livres de nossas dores. Ate entao eu sei que nem todas as minhas perguntas vao ter respostas.'

Tenente Granford

O ano de 1939 se inicia, mas as coisas continuam as mesmas para Granford , com 27 anos ja havia se formado tenente , morava sozinho em uma pequena vila da Europa .Seu maior prazer e orgulho era defender sua patria e todos aqueles que confiavam nele , apesar de bruto em muito momentos sua sensibilidade era inacreditavel. seu gosto pela leitura e pela poesia vinha de familia, talvez por sua mae que era escritora. Certo dia Tenente Granford parou na Biblioteca de sua cidade ,se sentou e olhou para centenas de livros que estavam empilhados nas platileiras enormes ao seu redor. algumas horas buscando algo do que ele se motivasse a ler encontrou um "livro" sua capa era feita de papel e a escrita feita a mao, o bibliotecario riu quando ele se dispos a pagar pelo então livro. Em sua casa passava horas , talvez o dia inteiro lendo pelo livro , quando mais ele lia mais se admirava por quem escreveu , se identificava e se sentia bem por cada palavra lida. Ele voltou a biblioteca em busca de algum registro ou informação sobre a pessoa quem escreveu o livro, uma forma , ou desculpa de parabenizar pelo seu livro mais ninguem sabia nada. Pela sétima vez em que Tenente Granford esteve na biblioteca levado por sua esperança inacabavel foi indicado ao antigo selador da biblioteca .
- Talvez ele saiba de algo rapáz , tente. Ele sempre foi as parades deste lugar ! - disse o bibliotecario .
Tenente Granford após algumas dificuldades em encontra-lo o achou, aquela seria sua chance por algo sem sentido , sem necessidade de tanto esforço, mais algo muito forte o motivava a buscar aquilo.Finalmente depois de horas de insistencia o antigo selador concordou em ajuda-lo. Quando o selador saiu levou com ele muitos registros ja sem utilidade ,uma forma de lembrança! Granford olhou um por um ,até achar o endereço da  Catarina Gustl. Enfim sua busca chegava ao fim.Tenente Granford mandou sua primeira carta a Catarina Gustl, receoso e ansioso até sua resposta que chegava após alguns dias.
- Fico lisonjeada por saber que se interessou e se identificou de tal maneira com minhas poesias, seu esforço em prestar sua admiração por mim ,me deixa ainda mais contente ... Disse no começo de sua carta resposta para Tenente Granford. Assim se passaram 6 mesês , todas as semanas sem falta suas cartas eram enviadas e devidamente respondidas por Catarina, seu sentimento por ela ja sem sentido e porque , havia mudado completamente.
15 de agosto de 1939 . Tenente Granford foi convocado para a Segunda Guerra Mundial. Catarina achava a guerra uma coisa estúpida, apenas uma luta de poderio entre os governantes. Uma guerra feita pelos governos e os do alto comando militar que ficavam em seus gabinetes enquanto soldados rasos e tenentes lutavam. Mas ao contrário dela, Tenente Granford acreditava que era seu dever defender sua pátria e as nações aliadas. Durante 5 anos de sua vida ele esteve preso a confrontos na segunda Guerra Mundial, e seguindo seu coração nao passava nem mesmo uma semana sem enviar cartas a Catarina , ela por sua vez o respondia acalmando seu coração, aliviandos eu medo da morte que presenciava todo dia. Ambos tinha um medo dentro de si, o medo de perder quem ama sem ao menos ve-lo uma só vez e sentir um só beijo.


Eu me sinto incompleto, pois meu coração está ai com você. Há muito tempo o meu coração não me pertence, pois eu o dei pra você. Eu te amo Cath e você é a única razão pela qual eu levanto todas as manhãs. Me perdoe por te fazer passar esses anos de sofrimento. Me perdoe se alguma vez eu esqueci que o meu amor por você é maior que qualquer outra coisa e nesse tempo tenho me dado conta disto.Eu sou falho, mas meu amor por você não. Ele não vai passar ou findar. Ele continua e continuará forte independente da distância e do tempo. Mesmo que montes se abalem e os outeiros sejam removidos, meu amor por você é infalível. E é esse amor infalível que me dá forças.A luta fica cada vez mais difícil. Atolados na lama, sem descanso. Logo que cheguei não conseguia dormir com o barulho das bombas e metralhadoras, o som dos camaradas agonizando na terra de ninguém. Mas agora estou tão exausto que o barulho não atrapalha meu sono. A cada ofensiva vejo mais camaradas morrendo. Morrendo sem direito a um enterro ou qualquer coisa digna. Cath, eu te amo e tudo o que quero é estar com você. Quero passar o resto dos meus dias do seu lado minha alegria preciosa. Quero ter muitos filhos com você e nós dedicaremos todo o nosso amor a eles. Espero logo estar com você para então poder te ter e te abraçar. Tenente Granford.

Ele provou seu apelido posto por Catarina ,Guerreiro! voltou da Guerra mais forte, experiente, maduro e com a certeza de um amor inabalavel. quando ele pensou em morte, estava condenado ao sofrimento, ela esteve ao seu lado, nao em carne mais em espirito , coração e alma ! Quando chegou em sua casa, como combinado em cartas o encontro deles . - Eu estarei com de terno preto .
- Eu estarei com um vestido vermelho segurando uma flor em minhas maos. !
pontualmente lá estava Tenente Granford na estação de metro da cidade, centenas de pessoas passando por ele , enquanto ele atentamente olhava ao vento a procura de Catarina. andando pela estação esbarrou pela moça mais bela que se encontrava ali, ele sorrio e seu coração batia mais forte, sua perna ficou mole diante de tanta beleza, Tenente Granford nao tremeu a montanhas de homens e estava sem palavras diante daquela mulher, se manteve parado vendo ela passar . Sua cabeça estava confusa, ficaria e esperaria por Catarina aquela que esteve com ele , o fez sair vivo de uma guerra ou iria atrás daquela que fez seu coração bater como nunca antes por ninguem, nem mesmo pelas cartas de Catarina. Sua consciencia e respeito por Catarina o fez continuar ali esperando por ela. Quando olhou a frente estava um mulher vestida de vermelho segurando uma flor, aparentava ter por volta de 50 anos, sua pele manchada, era baixa e tinha um olhar sofrido. ele andou até ela ,parou e a olhou fixamente.
- Ola Catarina, Estava ansioso para ve-lá. Ela a olhou , sorrio e disse. - Senhor escute, uma moça me parou e me pediu para que segurasse esta flor e se voce viesse até mim que te pedisse para encontra-lá na lanchonete do fim da rua, me desculpe.
Tenente Granford foi até a Lanchonete e viu aquele que esbarrou com ele na estação de trem, ela o olhou e sorrindo o chamou...
Um amor infalível, mais forte que a morte que superaria até as dificuldades impostas por uma guerra.


Trechos de Nanda Sardinha, adaptados por mim.